sexta-feira, 7 de agosto de 2009

CARTA Á YEDA CRUSIUS

Senhora Yeda Rorato Crusius

Inicialmente gostaria de identificar-me como cidadão gaúcho, orgulhoso do meu chão e profundamente indignado com os acontecimentos que há longa data vêm envolvendo o seu governo. Manifesto-me cumprindo uma responsabilidade que verte da cidadania, na alegria de defender nosso chão e para afirmar que o nosso Rio Grande do Sul não é, nem de longe, esta vergonheira que teima em surgir e ressurgir nas notícias. Assumo tal atitude, na esperança de que outros gaúchos adotem iniciativa semelhante.
Também, de pronto, saliento que a reconheço como pessoa legalmente eleita.
Entretanto, por outro prisma, sou obrigado a reconhecer uma categoria crescente de muitos políticos que, deixando de praticar a boa política, agora participam de campanhas calcadas em expressivas somas financeiras (infelizmente constato que esses formam a maioria). Segundo dados oferecidos ao Tribunal Superior Eleitoral, só no pleito que a sagrou vitoriosa, os candidatos ao governo gastaram soma superior a DEZOITO MILHÕES DE REAIS, sendo que, deste total, R$ 6.231.012,13 seus coordenadores de campanha informaram como seus (http://www.tse.gov.br/internet/eleicoes/2006/prest_contas_blank.htm), enquanto que R$ 6.487.446,01 foi informado pelo seu oponente do segundo turno. O absurdo é tão grande que nesta mesma eleição, todos os candidatos a cargos eletivos no Brasil receberam recursos financeiros da ordem de R$ 1.428.964.749,52 (UM BILHÃO E QUATROCENTOS MILHÕES DE REAIS), ocorrendo que só a campanha do presidente da República foi reforçada em R$ 91.490.670,71 (sem contar o que recebeu o partido). As empresas que dão a um candidato duzentos mil são as mesmas que repassam quinhentos mil para o seu oponente. O palco é de “financiamento da democracia”, porém, com bastidores mercadológicos da obtenção de compromissos dos candidatos. Nem nos referimos aqui aos abomináveis e corriqueiros “caixa dois”, já comprovados para alguns políticos. Note, senhora, que a maioria dos trabalhadores do RS, e até do Brasil, não consegue, sequer, mensurar tais valores e jamais receberá, ao longo de suas vidas, uma soma que se aproxime destes dados exorbitantes. Os políticos de hoje não mais têm compromisso com o povo, indo pertencer ou ao “lobby” das madeireiras, ou do cigarro, ou das bebidas, ou do agronegócio, ou das empreiteiras, ou da indústria farmacêutica...
Cada vez fica mais claro para a população que os compromissos assumidos são para com os financiadores, mas não para com o povo, e de nós só querem o voto de quatro em quatro anos, perdendo o bom senso e a noção de respeito pelo cidadão. O “fator financiamento eleitoral” sufoca a política ética e, principalmente, os bons políticos sofrem com tal desvirtuo eleitoral. Pior, leva os políticos a mirar benefícios pessoais, em detrimento dos coletivos.
Com tais princípios financistas chegaram onde só poderiam aportar: a uma seqüência de escândalos, seguidos de mais escândalos e, pior, na maioria dos casos, sem qualquer consequência para os infratores. O que é ético para o povo, já não mais o é para esta nova linhagem de carreiristas. E a situação só tende a piorar, pois esta conduta se aprofundará no pleito que se aproxima, formando câmaras de gestão pública ainda mais calamitosas. Por um lado, assusta-nos o incremento dos assaltos de bilhões que serão efetivados nos cofres que os brasileiros enchem com trabalho árduo, tramados por matilhas sedentas a surrupiar valores que deveriam ser aplicados em saúde, educação, geração de empregos. Por outro, revolta-nos os “repasses” através de planos desenvolvimentistas mirabolantes, levados a efeito pelos administradores comprados e corrompidos.
A mídia mostra políticos que não têm mais cerne, só casca; os que têm brilho, não têm substrato; os que têm fala, carecem de conteúdo; os que administram, o fazem em causa própria; o projeto dos partidos é permanecer no poder, mas não atender aos interesses coletivos. O fiasco é notório! Forjou-se na população a falsa idéia de que “todo o político é ladrão e corrupto” e, não exagero, mas lamento, que muitos brasileiros aceitariam de bom grado o fechamento do Congresso e Senado, sem entender o correto, preciso e precioso valor da política.
Lembremo-nos de Eça de Queiroz, quando disse que “os políticos e as fraldas devem ser mudados freqüentemente e pela mesma razão”!
Em referência ao seu governo, desde os primeiros momentos foi marcado por suspeitas, para em seguida encharcar-se em escândalos, com denúncias que a mídia publicou reiteradamente, sem ter havido qualquer contraponto de defesa. Tal fato, por obviedade, não lhe imputa qualquer culpa, pelo contrário, mas as cercanias administrativas do Piratini teimam em ampliar o número de pessoas e partidos envolvidos nos seus disparates. Vocês perderam o bom senso e passam a tratar os gaúchos – agora sim, também a senhora, como entes estúpidos e destituídos de qualquer compreensão ou análise crítica. Os fatos que a envolvem são tristes para o RS, pois nunca vimos um governo cercado por tantos escândalos e frequentar com tal assiduidade as páginas policiais. Isto desmoraliza nosso Estado e fere a nossa história, baseada em princípios de ética, respeito, verdade, entre atributos que tanto nos orgulhamos e prezamos. Para nós, a honra é e sempre foi um fator importante! Dos escândalos nacionais naturalmente subtraíamos os gaúchos, contudo, hoje, o escândalo é dentro da nossa casa. Parece que a nossa história se fendeu e isto nos entristece e envergonha!
Tratam-nos como incapazes mentais e é aviltante escutar estas bobagens de “intriga da oposição”, que “já foi lançado o pleito de 2009” e que são “denúncias requentadas”. A atual manifestação do Ministério Público contradita tais historinhas e não acreditamos que qualquer outro projeto seu tenha apoio de partidos (muito menos nosso apoio). O “requentado” nada mais é do que denúncias reincidentes sobre o seu grupo. É tudo seu! Políticos e partidos reproduzem estas bobagens, num autoconvencimento doentio, entretanto, os miasmas destes terríveis desacertos voltam a envolvê-los. Este é o motivo para que não ocorra a CPI, mas a história já os aponta para além da simples suspeita.
A sua situação é tão adversa que, embora alardeie grandes conquistas, nós simplesmente não acreditamos, desde o tal “déficit zero” até as grandes obras. O que vemos é uma administração atendendo ininterruptamente os interesses de grandes empresas, muitas das quais lhe proveram significativos valores para a campanha – mais uma vez, temos por base a sua declaração de prestação de contas ao TSE!
Nesse período manifestou-se um governo autoritário e arrogante, sufocando à força de pancadaria os que de vocês discordaram. As manifestações legítimas e democráticas não foram mais reconhecidas, e as ordens palacianas nominaram atos de cidadania como barbárie promovida por delinqüentes. Chegaram ao ponto de espancar professores e impedir que crianças estudassem, com a justificativa de que estariam “assimilando ideologias” não aceitas pelo Estado. Hipocritamente é a ideologia do mais forte subjugando o mais fraco! A área ambiental já padece de profundas cicatrizes, tais as agressões impetradas por sequência de administrações irresponsáveis, comprometidas e omissas. O drama aumenta com ecos advindos da Assembléia, quando a “bancada da celulose”, reles testa de ferro de interesses espúrios e respondendo aos mesmos financiamentos de campanha, urde criminosa alteração de toda a nossa legislação ambiental, construída por quase uma década com consulta popular e votação unânime do parlamento da época __ mentiras para atender interesses privados! Patas nas nossas leis!
Para nós, o seu governo, além de não ter iniciado administrativamente, está freado pelos mesmos que o supõem dirigir. Pior, seu governo está moribundo frente aos novos e nebulosos acontecimentos, agora com o pedido do seu impedimento advindo do próprio Ministério Público Federal.
Isto posto, vimos manifestar nossa postura cidadã de não mais reconhecê-la como governadora do RS. Os fatos citados, e muitos outros sequer lembrados, embasam sobejamente o seu impedimento para o cargo. O RS está acéfalo e sentimo-nos mergulhados numa desordem geral, instalada sob sua égide, cujos cacos administrativos não mais serão recompostos. Vê-mo-la tão somente como uma figura indesejável e com a arrogância que a caracteriza, sentada num trono ufano, enquanto aguarda o fechamento de seu melancólico ciclo. Para nós terá sido um pesadelo de quatro anos e uma referência histórica marcada como ferro quente. O RS está magoado, lesado e envergonhado frente à nação.
Só resta nos empenharmos para que os gaúchos, no próximo pleito, não se deixem levar, mais uma vez, por palavras de ordem expostas em vitrines de propagandas enganosas e milionárias. Aguardamos que todos consigam diferenciar entre compromissos cidadãos e contratos financeiros de campanha.
Por fim, tenho grande esperança que os gaúchos se lembrem dos deputados estaduais, os quais, omissos, não assinaram a exigida CPI, fazendo com que o povo ficasse afastado da verdade dos fatos. Agora estão a cabresto dos acontecimentos e marcados por este disparate. Agora é tarde para assinarem o protocolo da CPI, pois o gesto é de medo, o ato é de vergonha. É importante que esses não sejam reeleitos!
Vamos batalhar para que os próximos candidatos tratem o povo com o merecido respeito e que não se negociem, para depois entregar o nosso querido RS como indenização.
Desses, sentimos repulsa!
Althen Teixeira Filho- - - - - - - - - - -Cidadão Gaúcho – Pampeano

NOTA: Trnscrevo esta carta por ser um espelho do que pensa o povo Gaúcho. Ainda mais revoltante é que tudo isto ocorra com uma pessoa que foi acolhida por este Estado, pois ua origem é Santa Catarina.

sábado, 6 de outubro de 2007

Plano Diretor de Irrigação do Rio Grande do Sul de 1980

Embora o estudo já tenha mais de 27 anos é atual, os problemas enfrentados pelo Estado continuam os mesmos só agravados.
Os Políticos que prometiam a execução das obras muitos já morreram, outros se aposentaram e as obras continuam no papel.
Assumem novos Governadores, Secretários e Administradores mas no lugar de implementar os planos existentes buscam novos Planos totalmente diferentes dos existentes, isto por saberem que o novo não executarão, mas demandará um tempo precioso até fazê-los o que práticamente ocorrera até o fim de seus mandatos.
A Governadora deveria ler o Plano Diretor de Irrigação de 1980 e colocar em prática o que for útil o que será um grande passo neste setor.
A única grande obra de Irrigação no Estado e talvez no Brasil foi iniciada por Leonel de Moura Brizola quando Governador, que é o Sistema de Irrigação do Arroio Duro em Camaquã (Celbre Banhado do Colégio), que hoje irriga mais de 15.000 hectares, produzindo mais de 3.000.000 de sacos de arroz por ano.
A obra iniciou no Governo Brizola e foi concluída no Regime Militar entrando em operação em 1969.
O Órgão responsavel pela execução da mesma, DNOS - Departamento Nacional de Obras e SWaneamento, como prêmio pelo belo trabalho, foi extinto por Collor de Mello. O mesmo ocorreu com a SUDESUL - Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul, autora do Plano de Irrigação de 1980.

Acesse a Página de Download do Palno Diretor de Irrigação, clicando aqui

sexta-feira, 4 de maio de 2007

INVESTIMENTOS EM ITAQUI - UMA NECESSIDADE

Itaqui, loclizado na fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul, cada vez mais se desilude com cada Governo que assume a Administração do Estado.
Mais uma vez Itaqui se sente totalmente abandonado pelos Governos Federal e Estadual, pois não é contemplado com nenhuma obra de porte.
A Barragem do Butuíque permitiria irrigar mais de 12.000 hectares não sai do papel embora em todos os estudos realizados seja apontada como a obra mais viável econômica e técnicamente.
O Governo Yeda nem toca na possibilidade de tal obra preferindo obras de maior custo e menor relação Benefício/Custo como a do Taquarembó e a do Arroio Jaguari. Ambas em área que apresenta grandes problemas de abastecimento ao longo do Rio Santa Maria devido ao farto número de pequenos barramentos existentes naquela bacia hidrográfica.

Imágem do Rio Grande do Sul no Earth Google

Imágem do Rio Grande do Sul no Earth Google

Fundação Getulio Vargas - Índices